Manter um cérebro saudável pode parecer algo difícil, mas há algo bastante simples ao nosso alcance que pode contribuir para isso: a alimentação.
Claro, não basta apenas comer — é preciso comer bem, com uma dieta rica em vitaminas.
“Você tem o poder na ponta do garfo”, diz Uma Naidoo, psiquiatra nutricional da Escola de Medicina da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.
Naidoo é a autora do livro This is your brain on food (lançado no Brasil com o título Cérebro e Alimentação), um guia com alimentos que ajudam no funcionamento do corpo e do cérebro, aqueles que você deve evitar e os mais prejudiciais.
Segundo Uma Naidoo, a vitamina B é a mais adequada para abordar múltiplos aspetos relacionados com a preservação da saúde cerebral. Ela se desdobra em vários tipos, sendo que cada um desempenha um papel crucial no bem-estar do cérebro.
Segundo ela existem 8 tipos, a B-1, chamada tiamina, ajuda nas funções básicas das células e no metabolismo de diferentes nutrientes para nos ajudar a obter energia. Um baixo nível de tiamina pode levar a uma função cognitiva deficiente, bem como a outros problemas no corpo.
A B-12, ou cobalamina, é essencial para a formação de glóbulos vermelhos e do DNA, mas também apoia o sistema nervoso, o desenvolvimento e as funções cerebrais. Ela faz coisas mais específicas, como auxiliar na quebra da homocisteína — uma proteína prejudicial ao coração que também pode levar a alguma forma de demência.
Uma das suas favoritas, da qual ela falo o tempo todo, é a B-9, o ácido fólico. Ela participa da atividade dos neurotransmissores, da formação do DNA e da desintoxicação celular.
Um baixo nível de ácido fólico também está associado ao mau humor. Então, comendo vegetais de folhas verdes, que geralmente são ricos em ácido fólico natural, você favorece o bom humor e a saúde mental.
De acordo com ela podemos encontrar as vitaminas B em muitos alimentos diferentes “Gosto de ajudar as pessoas com exercícios mnemônicos (a junção de iniciais ou letras de um conceito ou pensamento mais complexo com o objetivo de formar palavras ou frases de mais simples memorização).
Uma delas é: B.I.G. Y.E.S.S. (em inglês, algo como “um grande sim”). A letra “B” é a inicial de feijão em inglês e inclui também os grãos, as lentilhas, as leguminosas… Estes são ricos em vitamina B.
Ignore o “I” seguinte.
“G” é para greens (verduras). Ele agrupa todos os diferentes tipos de vegetais de folhas verdes. Quanto mais verdes, melhor, pois eles são ricos em ácido fólico.
“Y” é para iogurte (yogurt) lácteo, que contém riboflavina, que é a B-2, e também contém a B-12. Escolha sempre o iogurte do tipo natural. Há até iogurtes não lácteos que contêm essas vitaminas.
“E” é a primeira letra de ovos em inglês (eggs). Se você consome ovos, sempre sugiro comprar os de galinhas criadas livres de gaiolas. Eles são muito ricos em B-7, que é a biotina.
O primeiro “S” é para salmão. Muitas pessoas sabem que o salmão é rico em vitaminas do complexo B, que incluem a B-2 ou riboflavina, a B-3 ou niacina, a B-6 ou piridoxina e a B-12 ou cobalamina. Todos elas ajudam o cérebro.
E o outro “S” é para sementes de girassol. Estas são uma das fontes mais ricas de B-5, chamada de ácido pantotênico. Vinte porcento do valor diário recomendado dessa vitamina pode ser obtido com apenas 28 gramas dessas sementes.
É fácil adicioná-las a salada ou bebidas para obter essa nutramina, afinal atualmente existem uma diversidade infinita de receitas saborosas e fitness que hoje se encontram facilmente nas redes sociais .”